"Cuidadosamente construída com precisão digna de romancista experiente, a narrativa é conduzida pelas vozes que sofrem aquela ausência que parece ocupar todo o tempo e o espaço na cidade pequena demais, com um lago sujo demais. (...) Por que cada sofrimento é único, as vozes precisam ser peculiares, os discursos próprios, a narrativa modulada por cada voz que a conduz. Não é tarefa fácil, mas Carol a enfrenta e se sai bem da dura tarefa que se impôs. Talvez porque consiga tirar o olho do próprio umbigo e olhe à volta com toda a força de sua sensibilidade."
Beatriz Resende, O Globo
"Realmente espantosa a prosa de 'Sinuca embaixo d'água', construída com coloquialidade saborosa e inventividade nas imagens. Uma estreia que sugere permanência e triunfos ainda maiores no futuro."
Joca Reiners Terron, Folha de S. Paulo
"Em uma prosa que consegue dotar cada personagem de uma voz sutil e plenamente reconhecível mesmo sem apelar para experimentaçõees de linguagem, Carol Bensimon conduz com segurança a trama, mantendo afinada a pauta de temas da história: o luto, a ausência, uma certa falta de sentido da existência só perceptível em seu fim abrupto e uma irrevogável e melancólica sensação de fim de ciclo que perpassa todo o romance."
Carlos André Moreira, Zero Hora
"Carol Bensimon comete com Sinuca embaixo d'água uma novela exemplar, ao tecer uma trama de afetos que perdem o chão após uma perda comum; a superação do luto e a tentativa de recriar o cotidiano destroçado são tratados com suavidade e dissonância, em um texto emocionante."
Ronaldo Bressane, Brasil Econômico
"Sinuca embaixo d'água dá a garantia de que a literatura se renova com qualidade. E embora fale de um mundo em degradação, fortalece a esperança de que é possível escrever com paixão e consequência."
Maurício Melo Júnior, Rascunho
"Um pequeno ensaio sobre a dor e o luto – construído com inteligência, rock e, por mais paradoxal que seja, vitalidade."
Leandro Sarmatz, Vida Simples
"Sinuca embaixo d'água reúne boa parte das qualidades que se espera de um texto literário: ritmo, encadeamento, tensão, encanto, poesia. E, claro, estilo também."
Flávio Ilha, Aplauso
Às margens de um grande lago, o bar do Polaco abriga um salão de sinuca frequentado por jovens das redondezas, como Bernardo, Camilo e Antônia, que passam horas ali, jogando, bebendo e ouvindo rock. Mas a morte prematura de Antônia, num acidente de carro, vem alterar bruscamente essa rotina de companheirismo e diversão. A chegada violenta da maturidade – e a carga de dor que vem com ela – obriga os que ficaram a lidar com sentimentos submersos e desencontrados.
Neste primeiro romance de Carol Bensimon, a tentativa de entender e super o luto, a recorrência das lembranças e a iminência de novas perdas movem personagens que descobrem a necessidade de recompor seus afetos e reinventar a própria vida.